Nos postos pesquisados pela agência, média dos valores subiu de R$ 3,87 para R$ 4,01 o litro
Os preços médios do etanol hidratado subiram em 22 estados na semana passada, encerrada no sábado (7).
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol subiu 3,62% na semana em relação à anterior, de R$ 3,87 para R$ 4,01 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 4,23% na semana, de R$ 3,78 para R$ 3,94. Amapá registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 2,44%, de R$ 4,92 para R$ 4,80.
Já a Bahia foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 11,39%, de R$ 4,04 para R$ 4,50 o litro.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,28 o litro, em São Paulo, e o maior preço estadual, de R$ 6,37, foi registrado no Rio Grande do Sul.
Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,86, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Roraima, com R$ 4,85 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 4,16%. O Estado com maior alta porcentual no período foi a Bahia, com 15,09% de aumento no período, de R$ 3,91 para R$ 4,50 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu no Amapá (-8,40%), de R$ 5,24 para R$ 4,80.
Fonte: CNN Brasil
Preço da gasolina e do etanol desaba mais de 25% em 2022
Óleo diesel (+22,87%) e gás natural veicular (+10,25%) tiveram alta e limitaram queda maior no valor dos combustíveis, mostra IBGE
Depois de assombrar a vida dos motoristas no início do ano passado, os preços da gasolina e do etanol perderam força e desabaram mais de 25% ao longo do ano passado e puxaram o preço dos combustíveis para baixo.
As variações negativas foram determinantes para a queda de 23,87% apurada no preço dos combustíveis veiculares em 2022, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ao longo de todo o ano passado, houve deflação no valor dos combustíveis em todos os meses entre junho e outubro, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Os principais destaques foram apurados em julho (-14,15%) e agosto (-10,82%).
As quedas dos preços são justificadas pela redução da alíquota do ICMS nos estados e a decisão de zerar o PIS/Cofins sobre o preço da gasolina e do etanol. A isenção fiscal de impostos federais sobre combustíveis, que voltaria a valer em janeiro, no entanto, foi prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais 60 dias.
Na contramão da gasolina e do etanol, o óleo diesel (+22,87%) e o gás natural veicular (+10,25%), combustíveis não beneficiados pela isenção tributária, apresentam variações positivas no ano passado.
Na análise somente do mês de dezembro, houve queda nos preços da gasolina (-1,04%), do óleo diesel (-2,07%) e do GNV (-0,45%). O etanol (+0,48%) foi o único combustível a ficar mais caro. “A queda no preço da gasolina foi o principal fator para a desaceleração em transportes. Houve redução de mais de 6% no litro do produto nas distribuidoras”, afirma André Almeida, analista de preços do IBGE.
Há algumas questões envolvendo a tributação dos combustíveis no Brasil. Dentre elas, a dúvida de a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vai se manter ou não.
Mas o professor avalia que também
“é importante saber se a nova administração da Petrobras vai manter a política de preços a partir da paridade internacional”, explica.
Robson Gonçalves, economista e professor de MBAs da FGV, aponta que a volta da cobrança do PIS e Cofins também é um fator de preocupação sobre o preço dos combustíveis.
Isso porque houve uma redução desses impostos ao longo dos últimos anos e a necessidade de trazer equilíbrio fiscal em 2023 pode fazer com que ele seja majorado, “mas isso é pouco provável de acontecer em um primeiro ano de governo”, pondera o professor.
Travas de segurança
Apesar dos pontos de preocupação, Robson Gonçalves acredita que é pouco provável que o preço dos combustíveis sofra com altas expressivas no próximo ano.
O primeiro é o dólar, que está bastante estabilizado, “não há nenhuma perspectiva de que ele volte a subir com força”.
Já o segundo é o STF (Supremo Tribunal Federal), que aprovou um limitador para o ICMS sobre os combustíveis.
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