Começou a valer, na segunda-feira (1°), a redução média de 8,1% no preço do gás natural, conforme anunciado pela Petrobras no mês passado.
De acordo com a empresa, os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais do preço do gás e vinculam os reajustes às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
No trimestre encerrado em abril, o preço do petróleo recuou cerca de 8,7%. Já o câmbio teve apreciação de aproximadamente 1,1%. “A parcela do preço relacionada ao transporte do gás é atualizada anualmente no mês de maio, vinculada à variação do IGP-M, e sofrerá atualização de aproximadamente 0,2% a partir de maio de 2023”, informou a petrolífera.
Desde o início do ano, o preço do gás vendido pela Petrobras às distribuidoras acumula queda de 19%.
“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV- Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, informa a estatal.
Segundo a Petrobras, a atualização do preço do gás natural não afeta o preço do gás de cozinha (GLP), envasado em botijões ou vendido a granel.
Preço do GNV recua e pode fazer economia frente a outros combustíveis chegar a 40%
No caso do GNV, usado como combustível para veículos, a diferença será de 4,74% para os postos revendedores. Se a diferença for passada integralmente ao consumidor final, a redução do preço pode alcançar até R$ 0,20/m³ no dispenser, fazendo a economia média para o motorista chegar a 40% em relação a outros combustíveis.
A redução da tarifa acontece pela segunda vez este ano e é possível devido à diminuição dos custos de aquisição do gás natural fornecido pela Petrobras e pela Galp.A medida vai valer por três meses.
Mais vantajoso
A expectativa é a de que a redução de 4,74% no valor do GNV para os postos revendedores seja percebida de imediato pelos motoristas.
O coordenador de GNV da Gasmig, Welder Souza, afirma que a nova tarifa vai fazer o gás natural ficar ainda mais vantajoso em relação aos demais combustíveis líquidos.
“O motorista vai rodar mais utilizando o Gás Natural Veicular. Nossos técnicos fizeram uma simulação levando em consideração a queda da tarifa e comprovaram que o gás natural aumentou a vantagem como combustível mais econômico. O GNV apresenta o maior rendimento e custo por quilômetro rodado. Isso representa economia real para os usuários”, afirma.
Numa simulação, o motorista que abastecer o veículo com R$ 100 de GNV vai rodar 301 quilômetros. Isso representa um custo de R$ 0,33 por quilômetro rodado. Com os mesmos R$ 100, quem optar pela gasolina roda 202 quilômetros (R$ 0,49 por km rodado). Já o consumidor que abastece com etanol roda 179 quilômetros com R$ 100 (R$ 0,56 por quilômetro rodado).
De acordo com técnicos da Gasmig, o GNV é indispensável para os motoristas que rodam mais de 100 quilômetros por dia, como é o caso dos taxistas, motoristas de aplicativos de transporte de passageiros e de entregas, além dos frotistas. Com o uso do Gás Natural Veicular, esse público pode aumentar o faturamento com as corridas.
Competitividade
Segundo o presidente da Gasmig, Gilberto Valle, a redução das tarifas de gás natural, em diferentes setores, vai permitir maior competitividade e contribuir para o desenvolvimento da economia mineira.
“Até o mês de julho, pelo menos, podemos garantir que os consumidores mineiros vão pagar menos pelo gás natural do que no ano passado. Isso vai proporcionar maior competitividade para indústria, comércio e também para os motoristas que utilizam o GNV”, afirma.
Em fevereiro, as tarifas da Gasmig já haviam sido reduzidas. A redução para o segmento automotivo (GNV) foi de 9,19% e para o industrial, de 5,8%. O corte decorre da diminuição dos custos de aquisição do gás natural, já que, entre janeiro e março, houve queda no preço médio do petróleo Brent e do dólar.
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