Em dois meses, fundo árabe segue cotações internacionais mais de perto que estatal
Reajuste feito pela operadora da Refinaria Mataripe foi de R$ 0,11
Os preços da gasolina e do diesel devem continuar em alta nos próximos meses. A Acelen, operadora da Refinaria Mataripe, determinou no último sábado (5) um novo aumento dos combustíveis para as distribuidoras. Em menos de 40 dias, este é o quarto reajuste feito pela operadora. Deste vez, o valor aumentou em R$ 0,11.
“Esses aumentos constantes da Acelen estão inviabilizando a economia baiana e penalizando o consumidor, que está sentindo o galopar dos preços, refletindo numa redução drástica do consumo”, afirmou Walter Tannus Freitaso, presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia).
Os preços da Acelen são os mais elevados do país. Por conta disso, nos últimos 12 meses mais de 6.000 trabalhadores da empresa foram demitidos. Segundo Tannus, a tendência é de mais demissões, principalmente nos postos de rodovias, que compram óleo diesel mais caro do país, já que em postos de estados vizinhos o ICMS é mais baixo.
O iBahia entrou em contato com Acelen, que os preços da gasolina e do diesel “variam conforme as cotações do petróleo e a variação do dólar”.
“Soma-se nesta composição os custos logísticos para pronta entrega do produto. Portanto, reajustes de preços para baixo e para cima fazem parte desse mercado. O valor do barril de petróleo Brent, com alta de 20%, referência internacional, custava em 31 de dezembro U$ 77,78. Na sexta-feira (4), a cotação estava em U$ 92,78”, afirmou a operadora.
Estudo indica que refinaria na Bahia vende gasolina mais cara que Petrobras
A Federação Nacional dos Petroleiros informou que a Refinaria de Mataripe, na Bahia, já registra o recorde da gasolina mais cara do Brasil.
De acordo com petroleiros, a gasolina mais barata do país é comercializada pela ela Refinaria Potiguar Clara Camarão, do Rio Grande do Norte. A venda da refinaria foi aprovada na última sexta-feira (28) pelo Conselho de Administração da estatal.
O levantamento foi feito pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais para o Observatório Social da Petrobras, organização ligada à FPN.
Já a Acelen, empresa gestora da Refinaria de Mataripe, privatizada em dezembro de 2021, cobrou em média 3,32 reais o litro.
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