Primeiro lugar onde os motoristas podiam encostar seus carros para receber atendimento completo e encher o tanque foi inaugurado em Pittsburgh, há 110 anos
Um estabelecimento de paredes em formato hexagonal, recobertas de tijolinhos vermelhos até a altura dos ombros, teto reto revestido de argamassa e, no interior, paredes cobertas de gesso.
O projeto inovador, implementado pela Gulf Refining Company e assinado pelo arquiteto J. H. Giesey, ficava instalado entre a Baum Boulevard e a St. Clair’s Street, na cidade de Pittsburgh, na Pensilvânia.
Uma pista rodeava a loja, assim os motoristas podiam se aproximar e colocar gasolina a 27 centavos de dólar por galão, o equivalente a 3,7 litros. No primeiro dia, 1º de dezembro de 1913, uma uma segunda-feira, as vendas começaram devagar: 30 galões ou 113 litros.
Mas era questão de tempo até a notícia se espalhar: havia na cidade um posto de serviços exclusivos para automóveis. Os motoristas podiam colocar água no radiador, calibrar os pneus e abastecer o tanque em um sistema de drive-thru, com o apoio de funcionários especializados.
No domingo, as vendas já haviam saltado para 350 galões diários ou 1 320 litros. As vendas dispararam, e o modelo instalado há 110 anos pela Gulf se tornaria o padrão global. Há gerações, não existe motorista no mundo que nunca tenha precisado dos serviços de um posto de combustível.
Solução inovadora
Os automóveis já existiam antes de 1913, é claro, porém, para abastecê-los, o jeito era comprar gasolina em lojas que vendiam produtos genéricos, principalmente comércio de ferragens, mas, em alguns países, também era possível adquirir o produto em farmácias. A gasolina era armazenada em latas, e o motorista se virava para colocar aquilo dentro do tanque, na calçada mesmo ou em casa. Na época, o acesso ao tanque de combustível ficava sob o assento do motorista.
Ao longo da década de 1900, surgiram alguns locais à beira da calçada que ajudavam o cliente a abastecer. Mas o modelo instaurado pela Gulf simplesmente não existia. Muito menos a possibilidade do self-service, que os americanos adotaram e mantêm como hábito até hoje – no Brasil, por lei, frentistas treinados oferecem esse suporte, mas o conceito básico é o mesmo.
“Os postos de gasolina drive-in não eram apenas sobre combustível: eles ajudaram a criar a cultura do automobilismo nos Estados Unidos”, resume o Smithsonian Institution em artigo sobre o tema.¹
“Um arquiteto projetou propositalmente a instalação que oferecia serviços para os motoristas”, descreve a American Oil and Gas Historical Society.²
O posto de 1913 inaugurou uma outra novidade: distribuir gratuitamente mapas rodoviários. Num momento em que já havia 500 mil automóveis circulando nos Estados Unidos, mas os motoristas ainda não tinham consolidado uma cultura própria sólida, a ideia de planejar roteiros com base em mapas confiáveis era inovadora – essa foi outra invenção muito copiada ao longo dos anos seguintes. O local onde o primeiro posto de gasolina foi instalado é hoje um estacionamento, mas uma placa rememora:
“Neste local, em dezembro de 1913, a Gulf abriu a primeira instalação drive-in projetada e construída para fornecer gasolina, óleos e lubrificantes ao público automobilístico”.
Ao longo das décadas, o alto padrão da gasolina e do atendimento da Gulf a levou a galgar os níveis mais elevados do automobilismo, consolidando as icônicas cores azul e laranja da marca – aliás, elas surgiram já na década de 1920, mas estrearam no mundo das corridas profissionais em 1967.
Logo no ano seguinte, a parceria com a Ford rendeu uma vitória nas 24 Horas de Le Mans, ao mesmo tempo que se iniciava uma parceria com a equipe McLaren na Fórmula 1. Em 1971, a marca apareceu com gra grande destaque no filme Le Mans, estrelado por Steve McQueen. Em 1975, o Mirage GR8-Ford Cosworth superou os adversários em Le Mans, mais uma vez em parceria com a Gulf.
Gulf no Brasil
Atualmente, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), existem mais de 41 000 postos no Brasil. Agora, a partir de 2023, o país pode contar com a experiência, a experiência, a história e o alto padrão da gasolina Gulf.
A marca está se instalando no país em parceria com a Fit Combustíveis, distribuidora nacional que pertence ao Grupo Fit, um dos mais tradicionais do Brasil, com origem no Rio de Janeiro. Os planos envolvem a abertura de mais de 200 postos licenciados da marca Gulf até 2024. O investimento é de 700 milhões de reais, com expectativa de movimentar 20 bilhões de reais no mercado brasileiro.
A Gulf oferece aos motoristas qualidade no combustível e muito mais: a marca chega para ampliar ainda mais o alcance das inovações tecnológicas proporcionadas pela Fit, que comercializa a única gasolina aditivada de série do país. Assim, garante desempenho, menores emissões e a capacidade de preservar o motor, na medida em que reduz os desgastes.
Apoio à Fórmula 1
A Gulf também é novamente parceira de um dos esportes mais amados pelos brasileiros: a Fórmula 1. Depois de um período de apoio à McLaren, desde 2023, patrocina a equipe Williams, u ma das mais tradicionais do automobilismo. Na temporada deste ano, realizou um concurso que elegeu uma pintura especial da marca, utilizada em três provas.
Em dezembro, a Gulf venceu o prêmio @autosport, na categoria Parceria de Marca do Ano. A conquista é resultado do trabalho realizado ao lado da Williams, com amplo apoio de todos os milhares de fãs da Fórmula 1 e da equipe, no Brasil e no mundo.
E é dessa forma, com uma iniciativa pioneira que começou há 110 anos, em Pittsburgh, e teve continuidade com o apoio ao automobilismo de ponta, que os con sumidores brasileiros construíram sua relação com a Gulf. E agora podem contar com a gasolina dessa marca tão tradicional em seus próprios veículos.
Fonte: https://super.abril.com.br/