O estabelecimento não tinha licença da Agência Nacional de Petróleo para comprar e revender combustível
Dois empresários foram presos suspeitos de venderem gasolina adulterada em um posto de combustíveis clandestino em Viana durante inspeção da Polícia Civil.
No momento da abordagem da polícia, um caminhão estava sendo abastecido com combustível adulterado e o condutor do veículo disse que não sabia da condição do material.
De acordo com a Polícia Civil, o espaço funcionava, também, como transportadora e poderia ter uma base para comprar combustível e abastecer a própria frota. No entanto, o local perdeu a licença concedida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e, ainda assim, continuava comprando e revendendo a gasolina adulterada.
A investigação teve início após denúncias ao Ministério Público de que algumas empresas em Viana estariam funcionado como postos de gasolina clandestinos.No momento da abordagem, o motorista do caminhão que estava no local, confirmou que não era funcionário da transportadora.
“A princípio parecia uma oficina, uma transportadora. Tinha uma bomba escondida nos fundos e tinha um caminhão parado estacionado. Chegamos a indagar o frentista, ele disse que abastecia qualquer um que procurasse e o motorista do caminhão confirmou que era de outra frota, que não tinha vínculo nenhum com a empresa e que mandavam e ele parava lá e abastecia, porque tinha um preço melhor”, relatou o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani.
Ainda segundo Passamani, além de não ter autorização da Agência Nacional de Petróleo, a empresa também não contava com licença da Prefeitura de Viana para funcionar.
“Conseguimos identificar que o caminhão não era da frota da própria empresa, o local era uma oficina, ele não poderia vender combustível e estava atuando como posto de combustível clandestino. Ele estava funcionado sem autorização da Agência de Petróleo, sem licença da prefeitura municipal, sem poder funcionar”, disse.
O delegado informa que vender gasolina adulterada é crime e pode também causar problemas ao funcionamento de veículos e colocar a vida dos passageiros em risco.
A Polícia Civil destacou que a operação vai continuar em todo o Estado para identificar outros postos de revenda do tipo de substância. Os dois empresários detidos foram encaminhados ao sistema prisional capixaba e podem pegar até cinco anos de prisão.
*Com informações de Larissa Barcelos, repórter da TV Vitória/Record.