Queda no preço dos combustíveis estimula confiança de empresários e consumidores.

A queda nos preços dos combustíveis tem representado um alívio em relação à escalada dos últimos meses e mostrou uma tendência da volta do consumidor aos postos de combustíveis e comércio em geral.

Assim, além de impactar na vida dos brasileiros, essas alterações têm feito crescer a confiança do empresariado.

Isso é o que mostra levantamento recente feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o instituto, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) calculado em agosto, aumentou de 95,1 pontos para 99,4 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2 pontos, no sexto resultado positivo consecutivo.

Como um todo, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE subiu 2,2 pontos em agosto, para 100,7 pontos, maior nível desde agosto de 2021 (102,5 pts.). Em médias móveis trimestrais, o indicador mantém a tendência ascendente pelo quinto mês seguido.

No setor de combustíveis não tem sido diferente e tal confiança pode estar atrelada às recentes reduções nos preços divulgadas pela Petrobras.

Em 16 de agosto último, a estatal reduziu o preço da gasolina em 18 centavos nas refinarias, o terceiro corte nos preços dos combustíveis feito pela companhia em menos de um mês. No dia 11/08, já havia sido anunciada uma queda nos preços do diesel, dessa vez de 4% — ou 22 centavos por litro. Em 04/08, a companhia cortou o preço do diesel nas refinarias pela primeira vez em quinze meses. E no fechamento desta edição (em 02/09), a Petrobras anunciou uma nova redução de 7% na gasolina.

Daniel, proprietário do Auto Posto Oceano Atlântico, localizado em Santos, acredita que os efeitos da redução de preços surgirão em breve. “Por enquanto não houve um aumento significativo, mas acredito que haverá um consumo maior dos clientes. Os consumidores estão muito satisfeitos com a melhora dos preços. Se permanecer esse valor ou continuar a abaixar, até o final do ano teremos um aumento de 30% ou mais nas vendas.”

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no final de agosto, o preço médio do litro da gasolina caia de R$ 5,4 para R$ 5,25, uma diminuição de 2,8%. Trata- -se do menor patamar desde a semana encerrada em 27 de fevereiro do ano passado (R$ 5,17).

Já o valor médio do litro do diesel em agosto passou de R$ 7,05 para R$ 6,93, redução de 2%. É o preço mais baixo desde a semana encerrada em 18 de junho de 2022 (R$ 6,91). Por fim, o preço médio do etanol passou de R$ 3,98 para R$ 3,84, uma queda de 3,5%.

À frente do Auto Posto San Remo, também em Santos, o empresário Jorge Racy também espera uma melhora para os próximos meses.

“Acho que o impacto foi bom, mas poderia ter sido melhor. Em Santos, acredito que vai melhorar mais de agora em diante, pois nos últimos meses tivemos muito frio, o que, junto com as férias de julho, atrapalhou bastante. Mês de agosto já melhorou bastante e com certeza deve melhorar muito mais até o final do ano”, afirma Racy sobre as vendas de gasolina e etanol.

Já no Vale do Ribeira, a sócia-proprietária do Auto Posto Pedro de Toledo, Marielli Dosher, está mais cautelosa e afirma que a mudança nos preços, por enquanto, fez o movimento cair. “O mercado todo abaixa os preços e a competição é acirrada”.

Para o presidente do Sindicombustíveis Resan, José Camargo Hernandes, a queda nos preços representa um certo alívio com relação à escalada dos últimos meses e o impacto na revenda ainda deve ser sentido nos próximos meses.

“Essas reduções de preço aliviam o bolso do consumidor, que tende a utilizar mais seu automóvel e, principalmente, ajudará o motorista de caminhão, que poderá fazer suas viagens com um custo menor no componente do seu frete. Entendemos que essas reduções precisam continuar até estarem em patamares compatíveis com a renda dos brasileiros”, defende.

Para 2023

A queda no preço dos combustíveis no Brasil é resultado da redução de impostos (federais e estaduais) sobre os combustíveis. No final de agosto, o governo federal anunciou que vai estender para o ano que vem a redução a zero de tributos federais em operações envolvendo combustíveis. A desoneração consta do projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023.

Segundo o documento, Cide-combustíveis, PIS/ Pasep e Cofins não vão incidir sobre gasolina, etanol, gás natural veicular, diesel, gás de cozinha e querosene de aviação.

Quadro – Confiança do Consumidor

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), também aumentou, crescendo 4,1 pontos, na passagem de julho para agosto deste ano. Com essa que foi a terceira alta consecutiva, o indicador chegou a 83,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A alta foi puxada pela melhor percepção dos consumidores em relação ao futuro. O Índice de Expectativas avançou 6 pontos e atingiu 92,6 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA), que mede a confiança no presente, subiu 1,4 ponto e chegou a 71,7 pontos.

Matéria publicada na edição de agosto/2022 da Revista Postos & Serviços

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