O trabalho de conscientização desenvolvido pela diretoria do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro (SINPOSPETRO-RJ) durante visita aos postos de combustíveis tem levado os funcionários a denunciar irregularidades no ambiente laboral.

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Ao constatar o problema, o sindicato notifica o posto e fixa um prazo para a empresa resolver a situação. Em todos os casos, o resultado tem sido satisfatório para os trabalhadores. Situações que para alguns parecem simples, na visão de um especialista em saúde e segurança do trabalho se tornam complexas, por isso é importante que o trabalhador apresente as dificuldades do dia a dia  para os diretores. Em menos de uma semana, dois postos de combustíveis na Zona Oeste do Rio, passaram a cumprir a NR 17, que exige a instalação de assentos em número suficiente na pista de abastecimento.

Nos postos Elias Morgado, em Sepetiba, e Santa Catarina, em Campo Grande, ambos na Zona Oeste, os trabalhadores contam com bancos para descansar nos intervalos de abastecimento. Vários postos no município do Rio de Janeiro estão tomando a mesma medida e instalando assentos para os seus funcionários. A constatação foi feita pelo diretor Marcos Rosa.

TRABALHAR EM PÉ É PREJUDICIAL À SAÚDE

Em março, o SINPOSPETRO-RJ realizou um seminário sobre segurança e saúde no Sul do Estado e o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), Claude Chambriard, abordou a questão da NR 17. Segundo ele, apesar de o corpo se adaptar a todas as formas de trabalho é preciso tomar cuidado para que a má postura não prejudique a saúde. Infelizmente, a postura inadequada no trabalho e a falta de assento para descansar no posto de combustível são duas combinações que ameaçam a saúde do frentista e podem levar à morte.

Ele disse que assim como a intoxicação pelo benzeno, o entupimento das veias é lento e silencioso. A obstrução das veias dificultam a circulação do sangue, o transporte do oxigênio, e pode causar a embolia pulmonar. De acordo com o professor, o descanso do frentista durante o intervalo de abastecimento reduziria o risco de entupimento das veias.

MULHERES – O professor destacou ainda que a mulher sofre mais a consequência de trabalhar em pé, já que durante o ciclo menstrual retém liquido e tem mais dificuldade para transportar o sangue venoso até o coração, criando assim os edemas, que são as varizes. A gravidez acentua ainda mais o problema. Claude considera que é preciso criar mecanismos no ambiente de trabalho para que a gestante posa ter um tempo para descansar.

NR 17 – A Norma Regulamentadora 17 visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. O item  17.3.5 trata especificamente do trabalho em pé. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

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Fonte: Assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ

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