Para proteger a integridade e a capacidade de trabalho do empregado, bem como minimizar os acidentes e as doenças ocupacionais, são criadas constantemente diversas medidas que compõem a segurança do trabalho. Nos postos revendedores de combustíveis, o assunto precisa ser uma prioridade e muitas atitudes devem ser mudadas para que os estabelecimentos atuem dentro das normas vigentes.
De acordo com Klaiston Soares D’Miranda, coordenador Jurídico Trab./ Sindical do Minaspetro e da Fecombustíveis, é preciso atenção aos detalhes. Ele destaca que os postos de combustíveis devem oferecer acomodações para seus empregados como banheiros, local para refeições e um armário para guardar os seus pertences. Além disso, é primordial também se preocupar com a higiene deles e os devidos cuidados com o uniforme.
“O macacão usado pelo empregado é de responsabilidade do posto e a vestimenta não deve ser lavada em casa. A gasolina tem benzeno e é preciso cuidado”, afirma.
Segurança
Quando o assunto é segurança, ele destaca que é importante ter no posto de combustível um cofre boca de lobo. “A ideia é que o frentista fique com uma quantidade mínima de dinheiro nas mãos para evitar problemas e manter sua segurança.”
Outra medida conveniente é a instalação de câmeras de segurança. Apesar de não ser garantia de que delitos serão evitados, o equipamento pode espantar os criminosos.
“Na Justiça do Trabalho impera o direito objetivo. e uma pessoa está trabalhando, ela precisa de segurança e o empresário deve zelar pela sua vida. Caso exista uma ação contra o estabelecimento, em que o funcionário alegue que não está seguro, o revendedor precisa estar munido de ações que comprovem que ele está atento à proteção do empregado”, afirma o advogado.
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) também deve ser prioridade nos postos. O EPI é todo dispositivo ou produto utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde. O uso se faz necessário quando não é possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, o que acontece no setor de postos de combustíveis.
Uma ação para proteger os empregados também vem do Ministério do Trabalho e Emprego, Segurança e Saúde no Trabalho. O órgão criou uma comissão com pessoas do governo, entidades do setor, empregados e empregadores para desenvolver normas e condições e, assim, evitar a contaminação dos funcionários dos postos de combustíveis. “Estamos discutindo várias formas de contaminação, sobretudo do benzeno, e pensando em maneiras de evitar esse tipo de acontecimento”, ressalta D’Miranda.
Uma das sugestões foi a criação do abastecimento não presencial. Para evitar o retorno do vapor – que vem dos combustíveis – nos frentistas, não seria mais permitido que o funcionário ficasse próximo à bomba durante o abastecimento
Fonte: Minaspetro